Por Isadora Duarte
Brasília, 29/02/2024 – Entidades ligadas ao agronegócio e aos setores de bioenergia e biocombustíveis manifestaram “apoio integral” ao relatório do projeto de lei do Combustível do Futuro, produzido pelo deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) e apresentado na Câmara dos Deputados nesta semana. As entidades afirmam que o parecer é “fundamental para o progresso energético e ambiental” do País. “Este projeto, oriundo do Poder Executivo e aprimorado pelo deputado, representa um marco significativo na busca por soluções energéticas mais sustentáveis e diversificadas, alinhadas com os desafios contemporâneos e as demandas por uma matriz energética mais limpa e eficiente”, argumentam as entidades.
O manifesto foi entregue por representantes da Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio), União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) e Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na tarde desta quarta-feira. A expectativa do setor é de que o relatório seja votado no plenário da Câmara na próxima semana.
O documento é assinado por: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Sociedade Rural Brasileira (SRB), Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), Bioenergia Brasil (ligada ao setor sucroenergético), União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), ProBrasil – Proteínas do Brasil, Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra), Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (BioSul), Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma (Abrapalma), Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Federação Dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial), Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa), Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren) e Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil).
No documento, as lideranças do setor dizem ainda que o Brasil tem “potencial único para liderar a transição energética lastreada em fontes de energia renovável e de baixo impacto ambiental”. “A valorização das novas tecnologias, como o biodiesel, o combustível sustentável de aviação (SAF), o biometano proveniente dos resíduos sólidos urbanos, dos esgotos e do setor agropecuário, e o etanol oriundo da cana de açúcar e do milho, é essencial para o avanço dessa agenda. Ao promover o uso e o desenvolvimento dessas tecnologias, o relatório do Projeto de Lei em questão não apenas estimula a inovação e a diversificação da matriz energética nacional, mas também fortalece a segurança energética do país e impulsiona a criação de empregos e a geração de renda em setores estratégicos da economia”, concluem as entidades que pedem apoio do Legislativo para aprovação do relatório.
O manifesto das entidades ligadas ao agronegócio ocorre em meio a críticas dos setores de petróleo e gás ao projeto de Jardim, que prevê aumento da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel, etanol anidro à gasolina e institui mandatos para combustível sustentável de aviação, biometano e diesel verde.
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