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Equipe ABREN

A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (GWC) e é associada da Associação Internacional de Resíduos Sólidos ou International Solid Waste Association (ISWA)

ABREN participa de discussão sobre emissão de carbono no ENASE 2023

O presidente executivo da ABREN, Yuri Schmitike e outros líderes do segmento elétrico brasileiro, participaram de discussão sobre estratégias do setor elétrico para a neutralização das emissões de carbono no Brasil, no Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (ENASE 2023), que ocorreu nos dias 21 e 22 de junho, no Rio de Janeiro.

O tema discutido nesta 20ª edição do ENASE foi a questão das energias limpas e o compromisso de todos os agentes do setor elétrico com a agenda ESG (siga em inglês para ambiental, social e governança). Neste sentido, o presidente da ABREN ressaltou que a energia de RSU tem papel fundamental na “visão integrada de práticas sustentáveis”.

Os associados da ABREN têm papel fundamental no esforço de descarbonização do mundo, “porque se de um lado produzimos energia limpa e renovável, por outro lado estamos oferecendo uma opção de menor produção de carbono. Os aterros, onde o RSU (Resíduo Solido Urbano) é enterrado, é apontado como 3º maior produtor de gás metano do mundo, ficando atrás apenas da agricultura e transporte por combustível fóssil”.

Em sua participação no ENASE 2023, Yuri Schmitke foi instado a falar sobre a contribuição da energia de RSU (Resíduo Solido Urbano) na estratégia de carbono neutro. O presidente da ABREN lembrou que 40% de todo lixo gerado do Brasil acaba em lixões e aterros descontrolados. E que apenas com a utilização desta “montanha de resíduos” para a produção de energia de RSU, os associados da ABREN já estariam cumprindo papel essencial no esforço global

Yuri ressaltou que se o Brasil optasse por fazer uso de apenas 20% do potencial brasileiro de produzir energia de RSU através da tecnologia WtE, o Brasil já poderia atingir a completamente a meta do Acordo de Paris, ou seja, de reduzir em 30% a emissão de metano no país.

O representante da ABREN trouxe ao painel da ENASE 2023, estudo do BEP (Brazil Energy Programme), mostrando que ao utilizar a tecnologia WtE para produção de energia RSU, somado à possibilidade de utilizar do RSU para produção de material para coprocessamento na produção de CDR, o país poderia reduzir em até 75 MtCO2eq, ou seja, equivalente a 60% de todo o gás metano que a agricultura do Brasil produz. Isto tudo, tratando menos da metade dos resíduos do Brasil, enfatizou Yuri Schmitke.

O BEP – Brazil Energy Programme ou Programa de Energia para o Brasil (BEP) – é um projeto financiado pelo Reino Unido e operado no Brasil pelo Instituto 17, com o objetivo de acelerar a transição energética brasileira para fontes de energia renováveis. 

Yuri Schmitke ainda trouxe ao Painel do ENASE 2023, resultados de estudo recente da NASA sobre aterros da Califórnia USA, onde verificou-se que a emissão de gás metano nesses locais aponta um número 2,5 vezes maior do que é conhecido e declarado pelos órgãos locais. “Se na Califórnia, onde o lixo é menos orgânico do que no Brasil, as taxas de emissão de metano estão subvalorizadas em quase três vezes, imagine a quantidade de gás emitido nos lixões e aterros brasileiros” indagou Yuri.

O painel que a ABREN participou foi moderado pelo diretor de operações do Operador Nacional do Sistema (ONS), Christiano Vieira. Os outros debatedores foram: Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN);  Fernando Zancan, presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM) e Newton Duarte,  presidente da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen).

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