A plataforma será lançada no World Climate Action Summit da COP 28, Pavilhão Waste and Resource da International Solid Waste Association (ISWA) – situado na zona azul (blue zone), com o tema “WASTE MAP LAUNCH: Methane emissions tracking, satellite actionable data”, que ocorre no segundo dia da programação da COP28, em 1º de dezembro de 2023, às 15hs do horário local.
O Global Methane Hub (GMH) é a maior iniciativa filantrópica internacional dedicada ao monitoramento de emissões de metano, junto com seus parceiros Rocky Mountain Institute e Clean Air Task Force. O GMH recentemente recebeu uma doação do Google para construir a Plataforma de Avaliação de Metano de Resíduos (Waste MAP), a primeira plataforma global a usar monitoramento por satélite para rastrear e medir os locais e quantidades de emissões de metano provenientes de resíduos. A plataforma, que consolida informações de satélite sobre as emissões de metano dos aterros, permitindo que aos governos locais e as ONGs identifiquem a localização exata de uma fonte de metano, permitindo-lhes intervir e mitigar as emissões antes que se tornem perigosas.
O Waste MAP incluirá um mapa de calor global das emissões de resíduos sólidos municipais, um manual estratégico para orientar a tomada de decisões, estudos de caso de experiências globais e uma ferramenta piloto de mapeamento para as partes interessadas. A plataforma já iniciou a fase de implementação na Índia, EUA, México, Colômbia, Equador e Nigéria, entre outros, que beneficiarão de um maior acesso a dados granulares e de código aberto sobre resíduos e emissões de metano e de melhores ações para a redução do metano.
Segundo a UNEP/ONU, o metano não é somente um poderoso gás de efeito estufa que acelera o aquecimento global, mas também um poluente atmosférico prejudicial à saúde humana, às culturas agrícolas e aos ecossistemas, sendo responsável por cerca de metade do crescimento da formação de ozônio troposférico. O ozônio troposférico é um poluente climático de curta duração que permanece na atmosfera de apenas algumas horas a semanas. A exposição de longo prazo à poluição do ozônio está relacionada a 1 milhão de mortes anuais prematuras devido a doenças respiratórias.
As emissões de metano proveniente das operações de aterros sanitários no Brasil são muito maiores do que as reportadas à UNFCCC – United Nations Framework Convention on Climate Change (Convenção Quadro das Nações Unidas para o Painel de Mudanças Climáticas), de acordo com estudos recentes que analisaram observações da NASA e GHG SAT através de seus satélites, em inúmeros aterros no mundo, incluindo o Brasil.
Com a devida correção das emissões, a disposição de lixo em aterros sanitários no Brasil se iguala as emissões de metano de todo o setor Agropecuário Brasileiro, em torno de 45% para cada setor, o que representa um alerta para que o País adote políticas públicas para incentivas a implementação de tecnologias que possam tratar e desviar esses resíduos de aterros. A redução dessas emissões é fundamental para atender as metas do Acordo de Paris, e especial o Methane Pledge (COP26) que prevê a redução de 30% das emissões de metano até 2030.
Sobre a ABREN:
A Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) é uma entidade nacional, sem fins lucrativos, que tem como missão promover a interlocução entre a iniciativa privada e as instituições públicas, nas esferas nacional e internacional, e em todos os níveis governamentais. A ABREN representa empresas, consultores e fabricantes de equipamentos de recuperação energética, reciclagem e logística reversa de resíduos sólidos, com o objetivo de promover estudos, pesquisas, eventos e buscar por soluções legais e regulatórias para o desenvolvimento de uma indústria sustentável e integrada de tratamento de resíduos sólidos no Brasil.
A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (Global WtERT), instituição de tecnologia e pesquisa proeminente que atua em diversos países, com sede na cidade de Nova York, Estados Unidos, tendo por objetivo promover as melhores práticas de gestão de resíduos por meio da recuperação energética e da reciclagem. O Presidente Executivo da ABREN, Yuri Schmitke, é o atual Vice-Presidente LATAM do Global WtERT e Presidente do WtERT – Brasil. Conheça mais detalhes sobre a ABREN acessando o site, Linkedin, Facebook, Instagram e YouTube da associação.
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