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Equipe ABREN

A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (GWC) e é associada da Associação Internacional de Resíduos Sólidos ou International Solid Waste Association (ISWA)

Proposta para limitar incineração de resíduos sólidos pode inviabilizar mercado de recuperação energética, diz associação (Eixos)

Discussão sobre limites para incineração de lixo para geração de energia emperra na Câmara

Um projeto de lei que limita a incineração de resíduos sólidos pode inviabilizar o mercado de recuperação energética, de acordo com a Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren). 

De autoria do deputado federal Lincoln Portela (PL/MG), o PL 4462/2019 estabelece uma distância mínima das moradias para a instalação de incineradores, além de exigir a comprovação de pelo menos 50% de resíduos destinados à reciclagem.

A proposta original proibia a instalação desses projetos a menos de um quilômetro de distância de áreas residenciais. 

Um substitutivo da deputada Duda Salabert (PDT/MG) aumentou a distância mínima para 20 quilômetros. 

O projeto está pronto para ser votado na Comissão de Meio Ambiente na Câmara dos Deputados, mas a insatisfação do setor de recuperação energética motivou um pedido de mudança na tramitação.

O deputado Marangoni (União/SP) requereu à Mesa Diretora que a proposta também seja analisada pelas comissões de Minas e Energia, de Desenvolvimento Urbano e de Desenvolvimento Econômico.

De acordo com Yuri Schmitke, presidente da Abren, a proposta compromete o potencial promissor do mercado brasileiro. 

A entidade vê a possibilidade de implantação de 130 usinas, com potencial de geração de 3,3 gigawatts de energia no país. 

“Não existe outra solução, não existe outra tecnologia. A gente pode tentar reduzir um pouco o volume que vai para a incineração com mais reciclagem, com mais compostagem, mas isso é muito pouco. A maior parte ainda vai continuar necessitando de incineração”, afirmou Schmitke.

A associação defende que a discussão sobre a localização dessas usinas seja feita nos processos de licenciamento ambiental. Segundo Schmitke, a distância mínima prevista no projeto também está em desacordo com o resto do mundo. 

“A dois quilômetros do Museu do Louvre e da Torre Eiffel existe uma usina similar”, exemplificou.

O requerimento de Marangoni pretende criar mais condições para o aperfeiçoamento do projeto. 

Agentes do setor vêem um lobby em favor dos catadores de lixo, que temem perder empregos com a entrada em operação de projetos de incineração de resíduos.

Fontes do Congresso afirmam que viram em Salabert disposição a negociar trechos polêmicos.

A deputada é candidata a prefeita em Belo Horizonte e, por esse motivo, não é esperada a discussão do projeto antes do primeiro turno marcado para o dia 6 de outubro.

A reportagem procurou a deputada, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.

Clique aqui para ler a reportagem original.

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