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ABREN is a member of the Global Waste to Energy Research and Technology Council (GWC) and is an associate of the International Solid Waste Association or International Solid Waste Association (ISWA)

Marcada para amanhã (14/08) análise do PL que pretende proibir UREs no Brasil (Brasil Energia)

Para a Abren, se aprovado pela Câmara como está, projeto de lei 4462/2019 praticamente inviabiliza a instalação de usinas de recuperação energética por combustão de resíduos no país

Está previsto para ser analisado amanhã (14) pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara o Projeto de Lei 4462/2019, que pretende proibir usinas de recuperação Energética (URE) a menos de 20 km de residências ou estabelecimentos públicos. Inicialmente, a proposta seria apreciada dia 10 de julho.

Para a Abren, as justificativas do PL não têm amparo na realidade ou em estudos acadêmicos revisados por pares. Segundo Yuri Schmitke, presidente da associação, o assunto deveria ser discutido no âmbito de um processo de licenciamento ambiental, como ocorreu no licenciamento das UREs em Barueri, Caju (RJ), Mauá (SP) e Consimares (SP), “todas devidamente licenciadas por padrões rigorosos, porém isso não foi feito”.

“O PL, se aprovado da forma como está, praticamente inviabiliza a instalação de usinas de recuperação energética no Brasil”, complementa Schmitke.
O projeto de lei, do deputado Lincoln Portela (PL-MG), determina ainda que o empreendedor comprove que, nos últimos 36 meses, realizou 100% de coleta seletiva em três frações (seca, orgânica e rejeito), e reciclou 50% da massa total dos resíduos nos últimos 5 anos.

Porém, segundo a entidade, essas métricas não existem em nenhum lugar do mundo, nem mesmo nos países que possuem centenas de usinas de recuperação energética de resíduos. A cargo de exemplo, a Abren destaca que a mesma regra não se aplica para aterros sanitários, que é uma atividade menos sustentável do que a recuperação energética e fica abaixo na ordem de prioridades.

A associação defende que a recuperação energética por meio da combustão ou incineração, chamada de waste to energy (WTE), é, de longe, a tecnologia mais sustentável e adequada para esse processo. Essa tecnologia elimina a necessidade de disposição de material orgânico em aterros sanitários, sendo a melhor opção para grandes centros urbanos.

Exemplos internacionais
Atualmente, existem cerca de 3 mil unidades de WTE no mundo – 540 na União Europeia, mil no Japão, mil na China e 79 nos Estados Unidos -, que contam com sistemas de purificação e lavagem de gases e não oferecem risco à saúde pública.

Exemplos práticos incluem Paris, sede dos Jogos Olímpicos que se encerraram no último domingo (11), que possui três usinas localizadas a 2 km da Torre Eiffel e do Museu do Louvre. Operando há mais de 20 anos, estudos da CEWEP (2023) indicam que a fumaça dessas usinas é mais limpa que o ar da cidade, com as dioxinas e furanos representando apenas 0,2% do total existente no ar.

Em Singapura, os resíduos não recicláveis são incinerados, e medições comprovam que o ar emitido pelas chaminés é mais limpo que o da própria cidade. Copenhagen, na Dinamarca, possui uma usina WtE que abriga uma pista de esqui, trilha de caminhada e parede de escalada em sua área externa, destacando-se como um espetáculo de arquitetura e sustentabilidade.

(…)

Clique aqui e confira a matéria original na íntegra.

Foto: Mário Agra / Câmara dos Deputados.

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