O ENASE – Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico – reuniu os principais nomes da energia no Brasil para discutir os rumos da transição energética justa, segura e inclusiva, em preparação à COP30, que ocorrerá em 2025 na Amazônia.
Um dos destaques do evento foi o painel sobre Adaptação e Mitigação às Mudanças Climáticas, com contribuições valiosas para o futuro da matriz elétrica brasileira.
💬 Marisete Pereira, presidente da ABRAGE, reforçou a urgência da contratação de potência firme por meio das hidrelétricas, defendendo leilões específicos como mecanismo para garantir confiabilidade e suprimento nos horários de pico, reduzindo os riscos da intermitência de fontes variáveis como solar e eólica.
💬 Yuri Schmitke, presidente executivo da ABREN, defendeu o papel estratégico das termoelétricas verdes, como as usinas waste-to-energy (energia de resíduos), biogás e biomassa. Ele explicou como o biogás pode ser armazenado em gasômetros e despachado nos momentos em que não há geração renovável, fortalecendo a estabilidade do sistema. Além disso, alertou que as usinas de energia de resíduos podem evitar até 80% das emissões de metano que hoje impactam o clima, sendo comparáveis às emissões do setor de transporte.
🌱 As falas reforçaram que a segurança energética e a descarbonização precisam caminhar juntas, e que soluções estruturantes devem ser incentivadas com políticas públicas, planejamento regulatório e apoio institucional.
📣 O setor elétrico tem um papel decisivo nos compromissos climáticos do Brasil — e o momento de agir é agora. A COP30 será um marco e exige ambição, inovação e responsabilidade compartilhada.