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Equipe ABREN

A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (GWC) e é associada da Associação Internacional de Resíduos Sólidos ou International Solid Waste Association (ISWA)

ABREN visita aterro de Brasília

O presidente da ABREN, Yuri Schmitke visitou hoje o aterro de resíduos de Brasília acompanhado de representantes da Comissão de Direito Ambiental e Sustentabilidade da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Distrito Federal,

Durante a visita, Yuri Schmitke teve a chance de apresentar ao grupo, as opções de recuperação energética de resíduos que poderiam ajudar a resolver diversos problemas enfrentados pela empresa publica responsável pela gestão das 2.700 toneladas de lixo da população do Distrito Federal e vizinhança, que são lançados por dia no Aterro de Samambaia.

A empresa de Serviço de Limpeza Urbana (SLU) de Brasília vem sendo pressionada pela imprensa e órgãos de controle ambiental pela ameaça de vazamento de chorume do aterro para o subsolo e para o Córrego Melchior, distante 200 metros do local onde está amontoado o lixo do DF.

Serviço de Limpeza Urbana
Gustavo Souto Maior, vice presidente da SLU, reconheceu as dificuldades que o Governo do Distrito Federal (GDF) tem enfrentado com as recentes chuvas sobre o aterro. “A produção de chorume do aterro saltou de 450 mil de litros por dia para 1,1 milhão de litros em janeiro deste ano”, revelou o executivo. Desde então, o chorume do Aterro de Brasilia vem sendo contido em lagoas artificiais provisórios e canaletas de contenção ao redor do aterro. O grupo de advogados da OAB/DF esteve no local para acompanhar as medidas tomadas pelo GDF para resolver o problema.

Gestão de RSU no DF
A história da gestão dos resíduos no Distrito Federal é marcada por crises. O Aterro de Samambaia foi inaugurado em 2017, após a fechamento do Lixão da Estrutural – maior lixão da América Latina e 2º maior do mundo, à época que foi encerrado. Mas somente a partir de fins de 2019 que o chorume passou a ser tratado adequadamente no Distrito Federal. Até então, era a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (CAESB) quem fazia o tratamento do chorume, no mesmo processo de tratamento do esgotamento sanitário. A partir de maio de 2019, a CAESB deixou de retirar e tratar o chorume do lixo do Aterro de Samambaia, o que resultou na atual crise enfrentada pela SLU e a busca de solução definitiva para o tratamento do chorume produzido pelo aterro de Brasilia.

Uma empresa especializada que já atua em diversos estados foi foi contratada para tratar e filtrar o chorume acumulado nesses últimos meses, explicou o vice presidente do SLU, Gustavo Souto Maior. A solução definitiva deve ser alcançada nas próximas semanas, resumiu o técnico.

Yuri Schmitke (ABREN) e Gustavo Souto Maior (SLU)

ABREN e SLU
Yuri Schmitke e o dirigente técnico do SLU iniciaram conversações para buscar soluções mais definitivas para o problema do acúmulo do lixo no Aterro de Samambaia. “Precisamos parar de enterrar dinheiro neste aterro. Precisamos promover a reciclagem, pressionar as indústrias a assumir sua parcela de responsabilidade pelo produto ou embalagem usada (logística reversa) e finalmente transformar o resíduo que sobrar em gás e energia”, reconheceu ao final, Gustavo Souto Maior, que já foi secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal.

Souto Maior acredita que uma das soluções para Brasília, seria a incineração dos resíduos, por meio das modernas tecnologias waste-to-energy adotadas em todo o mundo, assim como biodigestão anaeróbica dos resíduos orgânicos separados na origem por meio da coleta seletiva e separadores mecânicos. Segundo a experiencia internacional, esses processos aumentam consideravelmente a fração reciclável e favorece o trabalho das cooperativas de catadores do DF.

Papel da ABREN
O papel da ABREN é apresentar à administração publica e ao mercado, opções das Rotas Tecnológicas conhecidas e já utilizadas no mundo moderno para a transformação de lixo em energia.

O conceito de waste to energy já é utilizado no mundo desenvolvido há décadas. Em muitos países, não existem mais resíduos em aterros, mas tão somente 1% das cinzas que restam da incineração e não são passíveis de reciclagem. No entanto, convivemos no Brasil com a muitos aterros e lixões, trazendo prejuízos à saúde. Como consequência de doenças e malefícios à saúde, os aterros causam despesas de cerca de R$ 1,5 bilhões ao ano (ISWA, 2015). Excetuando os prejuízos ao meio ambiente, com emissões de gases de efeito estufa (3% do total equivalente) e contaminação dos recursos hídricos que reduz a escassa água potável disponível no mundo.

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