O presidente da ABREN, Yuri Schmitke, fez uma viagem de dez dias a São Paulo para visitar o prof José Goldemberg e fazer contatos com empresas e organizações estaduais, nacionais e internacionais. Entre os dias 04 a 10 de março, Yuri realizou 15 reuniões, além de fazer uma palestra em um evento de repercussão nacional – o Biosphere World Talks (BW Talks).
Dia 04 (quarta feira)
O roteiro da viagem do presidente da ABREN começou dia 04 pela manhã com uma palestra no BW Talks – evento que precede o BW Expo Summit em outubro – sobre a Recuperação Energética de Resíduos. Yuri Schmitke será o curador do Painel Recuperação Energética de Resíduos Sólidos do BW Expo Summit e responsável pela divulgação de conteúdos, promoção do evento e organização deste painel específico.
A tarde, Yuri, acompanhado do diretor Técnico, Carlos de Souza e o consultor Jurídico da ABREN, Antônio Fernando Pinheiro Pedro, se reuniram na Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo com José Valverde, coordenador do Comitê de Integração de Resíduos Sólidos (CIRS) da SIMA, Ivan Mello, assessor estratégico do CIRS, Ricardo Cantarini, assessor SIMA/SI e Marco Tsuyama, especialista da ARSESP. A reunião foi de intensa troca de conhecimentos sobre o setor, especialmente sobre possíveis contribuições a serem apresentadas ao Projeto de Lei nº 513/2020, de relatoria do Deputado Arnaldo Jardim e Geninho Zuliani, em que a ABREN apresentou contribuições com vistas a incentivar a implementação de usinas Waste-to-Energy (WTE) no Brasil.
Dia 05 (quinta feira)
O presidente e o diretor Técnico da ABREN se reuniram com um engenheiro civil especializado nas áreas de manutenção de redes, projetos de redes de água e esgoto, hidrologia, planejamento e orçamento de obras da SABESP. Alisson Gomes de Moraes apresentou os novos projetos de usinas WTE que a própria SABESP está estudando construir. Alisson detalhou aos representantes da ABREN o projeto em fase adiantada de aprovação no município de Diadema(SP). A ABREN se dispôs a auxiliar na concretização do projeto da estatal paulista. “O apoio a novos projetos de WTE, independente de ser associado, faz parte das atribuições da ABREN”, ressaltou Yuri.
Dia 06 (sexta feira)
O primeiro compromisso da agenda do presidente da ABREN foi uma visita de cortesia ao jornalista Alexandre Calais, editor chefe de Economia do jornal Estado de São Paulo. Após mais de uma hora de reunião, combinaram diversas pautas futuras “após o período de incertezas causado pelo vírus COVID 19”.
Em seguida, Yuri e o diretor Técnico da ABREN almoçaram com Célice Siber, gerente da Advantage Áustria (escritório comercial da Áustria no Brasil). Entre os temas discutidos, a aproximação das empresas austríacas para participarem da ABREN e uma futura visita às usinas WTE na Áustria a ser disponibilizada aos associados da ABREN.
No início da tarde, os representantes da ABREN se reuniram com Diego Nicoletti e Carlos Bezerra, diretores da Solvi S.A., para que a Associação conhecesse com detalhes as iniciativas da empresa em direção do WTE, especialmente os projetos de incineração de 1985, 2014 e o projeto de gaseificação com tecnologia japonesa, assim como os futuros projetos. A SOLVI é uma das maiores empresas gestoras de aterros do país. Para Yuri, “praticamente todas as grandes empresas que operam aterros hoje no Brasil são favoráveis às usinas Waste-to-Energy, especialmente a SOLVI, que já tem experiência prática através de sua unidade TermoVerde, em Caieiras e em outras unidades”. Segundo ele, “a ABREN vai continuar a defender o uso de aterros sanitários onde for necessário”. Os representantes da SOLVI disseram que a diretoria da SOLVI está estudando se associar à ABREN.
No final da tarde da sexta feira, o encontro foi com o Dr. José Goldemberg, ex-reitor da USP e uma dezena de outras funções e titulações. Goldemberg foi uma dos primeiros autores (1985) em favor das usinas de WTE. Atualmente, é responsável pela área de sustentabilidade da FECOMERCIO. O professor aceitou o convite para integrar o Núcleo Acadêmico da ABREN, juntamente com sua assessora, a prof. Dra. Cristiane Cortez.
Dia 08 (domingo)
Depois de uma pequena viagem em direção ao interior, acompanhados do CEO da RTB Holding, Sérgio de Souza e do engenheiro Rafael Muniz, da INDDRA, Yuri Schmitke e o diretor técnico da ABREN visitaram a unidade fabril da Bioware, em Campinas, onde foram recebidos pelo engenheiro Juan Mesa, CEO da empresa que oferece serviço de tratamento de resíduos industriais para produção de combustíveis industriais (através da pirólise) para empresas como a Votorantim, Petrobras, Embrapa, IPT, Alcoa, Unicamp, UFRN, UFU, Senai, Embrapii, Suzano e Klabin.
Ainda no domingo (08), a ABREN fez uma visita técnica às unidades industriais da RTB Holding em Sumaré, para conhecer a unidade de fabricação de caldeiras e outros maquinários industriais. Também tiveram a oportunidade de visitar a Hytron, empresa da RTB que fabrica equipamentos para geração de hidrogênio e célula combustível, além da usina de pirólise lenta a tambor rotativo que processa até duas toneladas por dia de resíduos sólidos, a 700 graus celsius. Em 2010 iniciou-se a pesquisa e desenvolvimento da tecnologia no Brasil e desde 2015 existe a usina em operação
Dia 09 (segunda feira)
De volta à cidade de São Paulo, a ABREN participou de reunião pela manhã com a Excelência Energética Consultoria Empresarial, onde foram recebidos pelo CEO José Said de Brito. Na reunião, discutiram algumas opções e estratégias para o financiamento de usinas WTE no Brasil.
O ponto alto do dia foi uma reunião política com os presidentes da ABRELPE, Carlos Silva; da ABETRE, Luiz Gonzaga; da ABLP, João Gianesi Netto e CELURB, Marcio Matheus, Presidente. Também participaram da reunião, juntamente com Yuri Schmitke, o diretor Técnico da ABREN, Carlos de Souza e o consultor Jurídico da ABREN, Pinheiro Pedro. Além dos empresários Daniel Sindicic, CEO do Grupo Lara; Ismar Assaly, CEO da Foxx-Haztec; Artur César de Oliveira, CEO da Ciclus; e Ciro Gouveia, Diretor Geral da Essencis Soluções Ambientais (Aterro), do Grupo Solvi.
Segundo Yuri, foi uma “reunião de alinhamento entre as principais associações nacionais do setor de RSU, tendo as entidades se comprometido a intensificar o diálogo, realizar reuniões periódicas e buscar atuação conjunta para temas em que haja convergência”. O presidente da ABREN ressaltou que, apesar da “ABREN atuar apenas na recuperação energética de resíduos, é necessário um bom relacionamento com essas associações para buscar conjuntamente a formação de consórcios, sistematização de tarifa e contratos de longo prazo para viabilizar usinas WTE como a melhor destinação final dos resíduos sólidos urbanos”.
Dia 10 (terça feira)
A presidente da CETESB, agência paulista de controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades geradoras de resíduos, Dra. Patrícia Iglesias, recebeu a ABREN para discutir políticas de proteção da qualidade das águas, do ar e do solo em São Paulo. Durante a reunião, foi discutida a possibilidade de a ABREN participar dos projetos de estudo que serão realizados sobre Recuperação Energética de Resíduos em parceira com a USP. A ABREN pretende multiplicar as “boas práticas destacadas da atuação da CETESB a outros estados e municípios. Temos de divulgar a boa experiência da CETESB, formar especialistas em licenciamento de usinas WTE em outros órgão ambientais do País e replicar a legislação paulista sobre o tema, comentou Yuri Schmitke”.
Mais tarde, o presidente e o diretor Técnico da ABREN almoçaram com José Renato Bruzadin, diretor da Veólia Brasil, uma das cinco maiores empresas do setor de gestão de Resíduos Sólidos do País e uma das maiores players mundiais do WTE. Yuri apresentou as ações que estão sendo realizadas pela ABREN desde sua criação em setembro do ano passado no Brasil e convidou a Veólia para se associar à ABREN.
Após o almoço, foi realizada uma reunião foi com Luiz Júnior, diretor da Larkalis no Brasil, empresa brasileiro-austríaca que desenvolve projetos de recuperação energética de resíduos. Durante a reunião, traçaram planos de aproximação e de vista à sede da empresa na Áustria.
Ainda durante a tarde, a ABREN se reuniu com o CEO Oswaldo Aldrighi e com o diretor Marcelo Lacerda, da SILCON, empresa especializada no tratamento de resíduos industriais, eletrônicos e hospitalares. Os representantes da ABREN apresentaram as ultimas ações da ABREN, ouviram sugestões da empresa e se colocaram à disposição para que a ABREN passe a representar os interesses da SILCON junto a entidades nacionais e internacionais.
No começo da noite, Yuri Schmitke foi recebido pelo diretor de Infraestrutura da FIESP (Federação das Industrias do Estado de São Paulo), Carlos Cavalcanti, para quem apresentou a ABREN, discutiram possíveis mudanças na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e outras normas que pudessem dar segurança jurídica para investimentos na Recuperação Energética de Resíduos e, finalmente, a possibilidade de organização conjunta de um evento sobre WTE no segundo semestre de 2020. Esta reunião na sede da FIESP, na Avenida Paulista, foi realizada graças a intervenção do CEO da RTB, Sergio de Souza, que também é diretor da FIESP e participou da reunião.
Como último compromisso do périplo do presidente e diretor Técnico da ABREN em São Paulo, Yuri Schmitke e Carlos de Souza se reuniram com Alessandro Gardemann, presidente da Abiogás. Ambos dirigentes se propuseram a analisar a possibilidade de atuarem conjuntamente no fomento de projetos de tratamento mecânico biológico e biodigestão anaeróbica, a exemplo do que está sendo discutido para o Distrito Federal, com apoio da Agencia UNIDO/ONU.