Entre os dias 30 de novembro a 4 de dezembro foi realizado o Greentech-América Latina, evento realizado em parceria com a Green Innovation Group da Dinamarca.
O evento contou com a participação de convidados nacionais e internacionais revelando o melhor do “estado da arte” em tecnologias sustentáveis voltadas a atender as demandas de investidores, corporações, fundos de financiamento privados e governamentais, empresas e pesquisas acadêmicas.
Os temas abordados perpassaram desde as questões da utilização dos recursos hídricos àquelas que dizem respeito ao saneamento, blockchain, energias renováveis, biomassa, Inteligência Artificial, Waste to Energy, Smart Cities e Smart Construction, entre outros.
O Presidente da ABREN, Yuri Schmitke, mediou o painel “Energias Renováveis, Wind, Solar e Waste”, que ocorreu no dia 2 de Dezembro e que foi composto por Fabiola Sena, Diretora de Regulação da Statkraft; Luis Ballester, Atlas Renewable, e Jacok Jensen, da empresa Dinamarquesa HELIAC.
Entre os tópicos debatidos, Fabiola Sena destacou a maciça inserção de renováveis na capacidade instalada no Brasil nos últimos dez anos : “as renováveis respondem por 83% da capacidade instalada no País, o que é o triplo da média mundial”. Fabiola também ressaltou que o Plano Decenal de Energia brasileiro prevê que mais de 60% do que será adicionado ao grid nos próximos dez anos virá de fontes renováveis, e que “o Brasil já vive uma transição energética, resta saber qual será a trajetória e o ritmo da nossa transição”
Jacok Jensen, da empresa dinamarquesa HELIAC, particularmente se referindo à questão da energia renovável na modalidade solar, pontuou que entre 2,5% a 3% da necessidade global de energia é atendida pela energia solar, acentuando que há uma grande perspectiva de expansão desse mercado.
Luis Ballester, da Atlas Renewable, indicou que um dos grandes gargalos a respeito da consolidação da energia renovável na modalidade solar no Brasil é afeita à capacidade de conexão e transmissão para o grid.
O Presidente da ABREN, Yuri Schmitke, alertou que sob a necessidade de inclusão de outras modalidades de fontes renováveis na matriz elétrica brasileira, especialmente a recuperação energética de resíduos. Yuri também destacou os avanços que as fontes que produzem os biocombustíveis hidrogênio e biometano precisam alcançar no Brasil, acrescentando que tais modalidades impactam positivamente no alcance das metas net zero de mudança do clima para 2050.
Por fim, Yuri ressaltou ser necessário repensar os subsídios em combustíveis fósseis feitos pelo governo, na ordem de R$ 99 bilhões somente em 2019. “É absolutamente necessário rever esse tipo de incentivo em um País que possui o potencial de investimentos a fazer em energias renováveis, em especial nas modalidades de Waste-to-Energy, biomassa, biometano e hidrogênio, que tem como resultantes uma série de benefícios positivos, de ordem econômica, social e ambiental, ao contrário dos combustíveis fósseis”, comentou Yuri.
Confira mais detalhes sobre o evento: www.greentechamericalatina.com