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Equipe ABREN

A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (GWC) e é associada da Associação Internacional de Resíduos Sólidos ou International Solid Waste Association (ISWA)

ABREN se reúne com ministros do Ministério do Desenvolvimento Regional e Ministério do Meio Ambiente para contribuir com o Manifesto Setorial, que será encaminhado à COP 26

O Presidente Executivo da ABREN, Yuri Schmitke, juntamente com o Presidente do Conselho, Antônio Bolognesi,e a Conselheira Estela Testa, estiveram presentes ontem (14) em reunião com o Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, para contribuir com o Manifesto Setorial que está sendo produzido para ser encaminhado à COP 26, que inclui o saneamento como atividade potencialmente mitigadora dos gases de efeito estufa. A reunião foi organizada e articulada pelo Presidente da Frente Parlamentar do Saneamento, o deputado federal Enrico Misasi (PV-SP).

O Presidente da ABREN, Yuri Schmitke, acompanhou Deputados Federais e os presidentes da ABRELPE e ABCON na entrega de Manifesto a favor redução de emissões de gases de efeito estufa no setor de gestão de resíduos no Brasil. O documento foi apresentado ao Ministro de Meio Ambiente, Joaquim Alvaro Pereira Leite, que na oportunidade convidou a ABREN para apresentar projetos relevantes de recuperação energética de resíduos na COP26.

O manifesto foi assinado pelo Ministro do Desenvolvimento Regional e encaminhado ao Ministro do Meio Ambiente, que, por sua vez, endossou a importância do ato e da inclusão do saneamento nas normas nacionalmente determinadas para a COP 26 e cumprimento das metas do acordo de Paris, tendo convidado representantes da ABREN, ABRELPE e outras entidades para apresentarem cases reais na Conferência de Glasgow, que ocorre entre 31 de outubro e 12 de novembro de 2021 na Escócia.

Yuri Schmitke, que também é Presidente do Waste-to-Energy Research and Technology Council – WtERT Brasil, ressaltou que já em 2001 o 5º Relatório do IPCC (Painel Climático da ONU) já afirmava que as usinas de recuperação energética são a forma mais eficaz de mitigação dos gases de efeito estufa emitido pelo metano dos resíduos sólidos urbanos (RSU), e que tais tecnologias podem trazer enormes benefícios para o Brasil no cumprimento das metas de mitigação dos gases de efeito estufa.

Para Schmitke, as empresas associadas da ABREN devem investir mais de R$ 5 bilhões nas plantas que vão participar no leilão A-5 e novos projetos em andamento. Estima-se que, nos próximos 10 anos, essas empresas invistam em torno de R$ 25 bilhões em usinas de recuperação energética de resíduos no Brasil. Por 2 anos a ABREN tem se reunido com membros do Poder Executivo Federal para buscar viabilizar usinas waste-to-energy, tendo conquistado o apoio do MME para a realização de leilão dedicado para contratar as primeiras plantas, necessárias para criar um mercado no Brasil neste importante seguimento, sendo que se cadastraram 315 MW de tratamento térmico de Resíduo Sólido Urbano (RSU) no Leilão A-5 que ocorre em setembro deste ano.

Segundo estudo da ABREN, considerando um cenário que representa 58% de todo o lixo urbano gerado no Brasil (RSU), englobando as 28 regiões metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes, somados aos municípios com mais de 200 mil habitantes, poderão ser demandados investimentos de R$ 78,3 bilhões (CAPEX), nas 274 usinas de recuperação energética (URE) (94), Combustível Derivado de Resíduos (Coprocessamento) (95) e Biogás (85), além de instalações de centrais de reciclagem não computadas nesse valor.

Nesse cenário apresentado, é considerado o tratamento de 46 milhões de toneladas de RSU por ano, sendo destinado 62% para URE, 21% para CDR, 11% para biogás e 6% para reciclagem, sendo que somente 4% continuarão sendo destinados para aterros. Serão gerados 15 mil empregos diretos, e evitados 63 milhões de toneladas de CO2 equivalente, o que corresponde a 192 milhões de árvores plantadas por ano, área similar ao Município de São Paulo.

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