Uma das fontes com inserção mais recente na matriz elétrica é a geração de energia a partir do tratamento de resíduos sólidos urbanos (RSU). […] Dos projetos cadastrados para o leilão A-5 deste ano, 131MW estão melhor estruturados financeiramente e são apontados como mais viáveis pela Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos.
“Isso é mais que suficiente para cumprir o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. O plano prevê a contratação de 1GW até 2040. São 50 MW por ano. Isso já tem dois anos, e estamos atrasados”, lamenta o presidente da Abren, Yuri Schmitke.
Para o executivo, é importante que o governo entenda que não tem nada a ver com neutralidade tecnológica. Schmitke destaca o significativo crescimento do mercado livre nos últimos anos, assim como das fontes solar e eólica, que praticamente dobraram. Esse fator vai exigir muita energia térmica firme, especialmente de uma fonte que tem usinas instaladas nas cidades, resolvendo a questão do saneamento, que é um problema de saúde pública.
“Até que os municípios se estruturem, a gente precisa de apoio do setor elétrico”, argumento o dirigente, que defende a entrada dos empreendimentos de RSU em leilões de capacidade.