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Equipe ABREN

A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (GWC) e é associada da Associação Internacional de Resíduos Sólidos ou International Solid Waste Association (ISWA)

FIEMG e ABREN discutem alternativas para redução de emissão de metano no Brasil e na União Europeia (FIEMG)

Workshop realizado nesta terça-feira (28) reuniu industriais, gestores e líderes empresariais

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e a Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) promoveram, na manhã desta terça-feira (28), um workshop para discutir estratégias que possibilitem a redução das emissões de metano e outros gases de efeito estufa nos setores de resíduos agrícolas e urbanos. O evento reuniu empresários, autoridades, industrias e fornecedores de tecnologia interessados em ampliar a cooperação entre o Brasil e a União Europeia por meio da produção sustentável de biogás e biometano. A iniciativa integra o projeto EU Climate Dialogues (EUCDs), conta com financiamento da União Europeia e acontece em meio à realização do encontro G20 em Belo Horizonte.

Mário Campos Filho, presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG) e do Conselho de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CEMA) da FIEMG, destacou, durante a abertura do encontro, o papel do setor produtivo na busca pela transição energética. Nesse sentido, segundo ele, é fundamental que as indústrias busquem aperfeiçoar, constantemente, determinados processos da cadeia produtiva. O dirigente ressaltou, ainda, que mais de 95% da energia produzida em Minas Gerais é de origem limpa, e que o Estado foi o primeiro da América Latina a aderir à campanha Race to Zero, iniciativa global liderada pelo Reino Unido que pretende neutralizar as emissões líquidas de gases de efeito estufa no planeta até 2050.

Em seguida, Ênio Fonseca, conselheiro do Fórum do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Setor Elétrico (FMASE) e membro do CEMA, lembrou que a matriz elétrica brasileira é um exemplo para o Mundo, e que, por isso, é necessário ‘’fomentar políticas públicas e de investimentos para o segmento’’. Giulia Laura, secretária-geral da European Biogas Association (EBA), detalhou a utilização de biogás na matriz europeia. De acordo com ela, 29% do biometano produzido na região é destinado ao setor de transportes, 28% para o uso doméstico e 26% para a indústria. O conselheiro para Clima, Energia, Ambiente e Saúde na delegação da União Europeia no Brasil, Laurent Javaudin, também participou do workshop e mapeou as principais políticas climáticas, energéticas e de manejamento de resíduos nos países europeus.

Brasil e União Europeia

Na sequência, o presidente-executivo da ABREN, vice-presidente do Global Wtert e ABREN EUCD Implementation Team, Yuri Schmitke, realizou uma avaliação comparativa entre a produção e o uso de biometano e biogás no Brasil e na União Europeia. Segundo ele, é necessário que os poderes público e privado trabalhem de maneira integrada para a promoção de políticas públicas em prol da produção de biocombustíveis no país. Em Minas Gerais, de acordo com o dirigente, os setores sucroenergético e agroindustrial são os segmentos com maior potencial para a produção de biogás e biometano. Schmitke ainda ressaltou que a falta de subsídios e os altos custos ‘’dificultam o fortalecimento desse mercado no Brasil’’. Durante participação em uma reunião de um grupo de trabalho do G20 nessa segunda-feira (27), em Belo Horizonte, o presidente da ABREN defendeu a necessidade de um monitoramento mais amplo das emissões de metano, além da urgência em adotar incentivos econômicos para o tratamento de resíduos urbanos e de agropecuária.

Painel Temático

Sérgio Pataca, consultor de Mercado de Energia da FIEMG, e Francisco Maciel, EUCD Country Coordinator, mediaram um painel temático unificado sobre as possibilidades de redução de emissão de gases de efeito, como o metano, a curto, médio e longo prazo. Participaram do debate representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado de Minas Gerais (SEMAD), Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais (SEAPA), Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG), Companhia de Gás de Minas Gerais (GASMIG) e Raízen. Eles analisaram a matriz energética mineira e avaliaram alternativas para a aceleração do processo de descarbonização no Estado.

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