Em uma reunião do grupo de trabalho de transições energéticas do G20 em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, o presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), Yuri Schmitke, defendeu incentivos econômicos para o tratamento de resíduos agrícolas e urbanos pela recuperação energética.
No entanto, a venda de energia em um cenário de sobreoferta ainda é um desafio.
Nesta entrevista, Schmitke fala sobre problemas e soluções, os maiores projetos e potenciais investimentos.
BNamericas: Quais são as perspectivas para o setor de recuperação energética?
Schmitke: Temos a perspectiva de aprovação de um projeto de lei que possa garantir a compra direta de energia elétrica das usinas em longo prazo e, assim, viabilizar o cumprimento das metas do Plano Nacional de Resíduos Sólidos [Planares], que prevê a meta de contratação de uma média de 66 MW de potência instalada por ano, totalizando 994 MW até 2040.
Apresentamos emenda ao projeto de lei 327/21, que trata do Programa de Aceleração da Transição Energética, e à medida provisória 1212/24. Também está tramitando no Senado o projeto de lei 1.202/23, que cria o Programa Nacional de Recuperação Energética (PNRE), mas está com o relator, o senador [Alexandre Luiz] Giordano, desde o começo de 2023 sem qualquer andamento.
A garantia da venda de energia elétrica no longo prazo é fundamental para viabilizar as usinas, pois é a maior fração da receita e necessita de garantia para viabilizar o financiamento.
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