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Equipe ABREN

A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (GWC) e é associada da Associação Internacional de Resíduos Sólidos ou International Solid Waste Association (ISWA)

Biogás e biometano têm potencial igual ou maior do que o hidrogênio no Brasil”, destaca representante do BNDES (Energy Channel)

  • A afirmação foi feita por André Pompeo, Gerente na Área de Transição Energética do BNDES, durante o 3º Workshop EUCD de Biogás e Biometano, realizado hoje (26) em Brasília pela ABREN e pelo MDIR.
  • O evento contou com a participação de nomes relevantes, como Marian Schuegraf, Embaixadora da União Europeia no Brasil, e Laurent Javaudin, Conselheiro para Clima, Energia, Ambiente e Saúde na Delegação da União Europeia para o Brasil.

A Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) e o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDIR) realizaram, nesta quarta-feira (26), o 3º Workshop EUCD de Biogás e Biometano, em Brasília. O evento teve como objetivo apresentar e discutir detalhes a respeito do projeto Diálogo UE-Brasil sobre a redução de metano no setor de resíduos da agropecuária. A ação, que é conduzida pelo projeto EU Climate Dialogues (EUCDs), conta com financiamento da União Europeia e será implementada pela ABREN.

O workshop foi realizado no auditório do MDIR e contou com a participação de formuladores de políticas públicas, empresários e especialistas, como como Marian Schuegraf, Embaixadora da União Europeia no Brasil, Laurent Javaudin, Conselheiro para Clima, Energia, Ambiente e Saúde na Delegação da União Europeia para o Brasil, e Senador Zequinha Marinho, vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária – FPA.

Painel de abertura teve início com o discurso de Schuegraf, que destacou que o desenvolvimento de uma indústria forte do biogás e biometano é parte fundamental para reduzir as emissões de metano. “A possibilidade de substituir o gás natural pelo biogás é uma vitória para o meio ambiente e para a economia. Isso abre também grandes oportunidades de cooperação quanto ao domínio de tecnologias limpas, ressaltou.

Na sequência, o Senador Zequinha Marinho frisou a “necessidade de se construir uma legislação coesa e inteligente, que compatibilize os interesses do setor de forma equilibrada e promova o desenvolvimento do mercado de biogás e biometano”.

Eduardo Corrêa Tavares, Secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros – SNFI/MIDR, representou o ministro do MDIR, Waldez Góes, e destacou que há muitas oportunidades nesses segmentos. “Esse diálogo com a União Europeia é muito importante, pois possibilita a criação de novas linhas de financiamento, inclusive com foco no agronegócio para conversão e resíduos em energia”. 

Ingo Plöger, Vice-Presidente da Associação Brasileira do Agronegócio – ABAG, ressaltou que “um dos grandes desafios da sociedade brasileira atualmente e realizar a transformação energética com responsabilidade social e econômica”. Além disso, reforçou o empenho doa agronegócio na busca pela redução dos gases de efeito estufa, entre eles o metano, por conta de sua conhecida agressividade e posterior transformação em CO2.

Gutemberg Gomes, Secretário de Estado de Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal, destacou as iniciativas do Distrito Federal com foco na sustentabilidade, em especial na reciclagem e na compostagem. Além disso, informou que, em breve, o Governo Estadual irá regulamentar a lei da compostagem e um decreto para regular os resíduos da construção civil.

O segundo painel do dia, apresentado por Laurent Javaudin – Conselheiro para Clima, Energia, Ambiente e Saúde na Delegação da União Europeia para o Brasil, abordou as iniciativas europeias no Brasil com foco na transição energética e Net Zero 2025. Javaudin falou sobre os diretórios-gerais da Comissão Europeia e os aspectos setoriais da Descarbonização pelo uso sustentável do Biogás e Biometano.

O workshop contou, ainda, com a apresentação das políticas de biometano e biogás da Dinamarca. O painel foi liderado por Bruno Nielsen, Diretor Técnico da Associação Dinamarquesa da Biogás – Danish Biogas Association (DBA). Na sequência, Yuri Schmitke, Presidente Executivo da ABREN e gerente local do projeto EUCD/ABREN, e Flávio Matos, Conselheiro da ABREN e gerente do projeto EUCD/ABREN, apresentaram uma avaliação comparativa entre Uniao Europeia e Brasil com relação ao biogás e biometano.

Matos destacou que, de acordo com o MCTI, “nos últimos 15 anos a maior evolução com relação as emissões de  metano é do setor de resíduos, em especial aterros sanitários e lixões. O aumento foi superior a 50%”. Schmitke, por sua vez, frisou que “a União Europeia tem importantes exemplos que podem ser seguidos pelo Brasil, em especial do ponto de vista regulatório e de precificação”. 

O quinto painel de debates abordou as perspectivas para a redução das emissões do metano através da produção sustentável de biogás e biometano na agropecuária. Participaram da discussão Sávia Gavazza dos Santos, Gerente de Projeto da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda – Taxonomia Sustentável Brasileira, Alexandre Alonso Alves, Pesquisador da EMBRAPA Agroenergia, João Nicanildo Bastos dos Santos, Coordenador de Monitoramento e Inovação – CMI do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), José Ricardo Ramos Sales, Coordenador-Geral de Bioindústria do MDIC, e André Pompeo, Gerente na Área de Transição Energética do BNDES. A moderação foi feita por Daiane Daniele Santos Rocha – Diretora de Programa – Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional – MIDR.

Destaque para a fala de André Pompeo, representante do BNDES, que destacou que, na visão do banco, “o biogás e o biometano têm potencial igual ou maior do que o hidrogênio no Brasil, sendo assim um importante combustível para realizar a transição energética”.

O sexto e último painel do workshop abordou exemplos de cases do setor. Participaram da discussão Alisson Gomes de Moraes, Engenheiro na Superintendência de Novos Negócios da SABESP – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, Luis Proença, Diretor Executivo na Dopp Sistemas Construtivos de Tanques e Silos, Gustavo Galiazzi, Gerente Técnico e Especialista em Combustíveis Renováveis da Abegás | Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado, Amanda Soares Roza, Assessora técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, e Marcus Andrey Vasconcellos, Presidente do INCT Instituto Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação CO2 ZERO. A moderação foi feita por Ziraldo dos Santos, Assessor Legislativo do Deputado Arnaldo Jardim.

Para conferir o workshop na íntegra, clique aqui.

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