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Equipe ABREN

A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (GWC) e é associada da Associação Internacional de Resíduos Sólidos ou International Solid Waste Association (ISWA)

Deputado pede redistribuição de PL contra UREs (Brasil Energia)

Requerimento, que será analisado pela mesa diretora da Câmara, visa tornar análise multidisciplinar por outras comissões, como a de minas e energia

Para evitar que o projeto de lei 4462/2019, que propõe que as usinas de recuperação energética (UREs) sejam instaladas a mais de 20 km de áreas residenciais, seja votado apenas na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cmads) da Câmara dos Deputados, o deputado federal Marangoni (União-SP) apresentou no dia 27 de agosto requerimento solicitando a redistribuição do PL para mais três comissões.

O requerimento, que será analisado pela Mesa Diretora da Câmara, pede que o projeto de lei – analisado por agentes do setor de recuperação energética como tentativa de inviabilizar as usinas térmicas a resíduos sólidos urbanos no país – seja também apreciado pelas comissões de Minas e Energia (CME), de Desenvolvimento Urbano (CDU) e de Desenvolvimento Econômico (CDE).

Na leitura da associação do setor, a Abren, a manobra de limitar o PL apenas à Cmads – e posteriormente à de Seguridade Social e Família (CSFF) e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) – é para aproveitar o critério de avaliação mais enviesado e contrário à tecnologia das comissões.

“Como é que se vai falar de energia sem mandar (o PL) para a Comissão de Minas e Energia?”, disse à Brasil Energia o presidente da Abren, Yuri Schmitke.  

A redistribuição, segundo o deputado Marangoni, torna a apreciação multidisciplinar, considerando aspectos energéticos, urbanísticos e econômicos, o que justifica a participação das demais comissões.

No caso da CME, na sua análise, o PL teria avaliadas suas implicações técnicas, econômicas e regulatórias da valorização energética dos resíduos. Na CDU, as implicações urbanísticas e territoriais e, na CDE, os impactos econômicos das restrições propostas.

Além da restrição geográfica, que muitos especialistas consideram sem precedente entre as mais de 4 mil UREs instaladas no mundo, o projeto também tem metas de reciclagem que seriam difíceis de serem alcançadas no Brasil.

Isso porque o PL determina que o empreendedor comprove que, nos últimos 36 meses, realizou 100% de coleta seletiva em três frações (seca, orgânica e rejeito) e reciclou 50% da massa total dos resíduos nos últimos 5 anos.

“Essas métricas não existem em nenhum lugar do mundo, nem mesmo nos países que possuem centenas de usinas de recuperação energética de resíduos. A cargo de exemplo, a mesma regra não se aplica para aterros sanitários, que é uma atividade menos sustentável do que a recuperação energética e fica abaixo na ordem de prioridades”, disse em comunicado a Abren.

O PL 4462/2019 foi retirado pela terceira vez de pauta na última votação marcada na Cmads no dia 28 de agosto em razão da ausência da relatora, a deputada Duda Salabert (PDT-MG).

Clique aqui e confira a reportagem original na íntegra.

Foto: Usina de recuperação energética de resíduos na Flórida, nos Estados Unidos.

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