A ABREN se reuniu hoje, em Brasília, com representantes de duas secretarias especiais do Ministério da Economia. Yuri Schmitke, presidente da ABREN, apresentou a associação de empresários da área de Recuperação Energética de Resíduos Sólidos para especialistas e analistas da Secretaria Especial de Comercio Exterior e Assuntos Internacionais (SECINT) e da Secretaria Especial de Desenvolvimento de Indústria e Comércio (SDIC). Relatou os contatos que a ABREN vem tendo com autoridades e empresários estrangeiros interessados em investir no setor e solicitou apoio do Ministério da Economia para as relações comerciais internacionais com os países interessados em investir em Waste to Energy no Brasil.
Yuri Schmitke
A ABREN está buscando parcerias internacionais porque o Brasil necessita de mão de obra e tecnologias adequadas no Brasil para as rotas tecnológicas que o setor de Recuperação de Energia a partir de Resíduos demanda – especialmente para a opção de incineração mass burning. O País está cinco décadas atrasado neste setor. Os empresários brasileiros estão se empenhando para recuperar o tempo perdido e reduzir a quantidade de resíduos sólidos depositados em aterros. Mas o setor depende de apoio do Governo Federal para mudar o Brasil, disse Yuri.
“Os nossos empresários estão trabalhando na defesa do Meio Ambiente e tentando produzir Energia Limpa. Quanto mais unidades de recuperação de energia a partir dos resíduos tivermos no Brasil, menor a quantidade de lixões”, concluiu Yuri Schmitke à secretaria especial adjunta da SECINT, Yana Dumaresq.
O presidente da ABREN explicou aos técnicos do Ministério da Economia que o potencial de geração elétrica a partir de resíduos no Brasil pode atender 5,4% da demanda nacional, apenas com tratamento térmico (incineração). Segundo a empresa de consultoria inglesa, Climate Bonds Iniciative (CBI), o Brasil possui um potencial para investir até R$ 145 bilhões nos próximos 12 anos, revelou Yuri Schmitke.
Yana Dumaresq
A secretaria especial adjunta da Secretaria Especial de Comercio Exterior e Assuntos Internacionais, Yana Dumaresq, disse que a presença da ABREN combinava com o “choque de energia barata” defendida pelo ministro Paulo Guedes.
Durante a reunião de quase uma hora, foram discutidos temas como o mercado de gás, barreiras que impedem novas tecnologias no mercado de saneamento, importação de maquinas para o setor com regime Ex-Tarifário, lista de produtos de interesse do setor WTE que poderão ser degravados no âmbito do Acordo MERCOSUL – Europa; selos de Certificação de Destinação de Resíduos, Logística Reversa e sobre os efeitos do Tratado Europeu da Economia Circular sobre os produtos brasileiros que não detiverem certificado de destinação adequada de resíduos que comprove o descarte correto dos resíduos industriais. “Em alguns mercados, produtos ou peças de produtos usados que são lançados em aterros, já não são aceitos” alertou Yuri.
Nesta primeira reunião da ABREN com a área de Comercio Exterior do Ministério da Economia, além de Yuri e Yana, participaram Flavia Furtado (SECINT), José Ricardo Salles (SDIC), Leonardo Povoa (SDIC) e André Camargo (ABREN).
