Entre os dias 22 e 25 de Julho de 2020, o presidente da ABREN, Yuri Schmitke, participa do Fórum GD Online. É um evento promovido pela Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD)
O evento presencial, anteriormente programado para 18 e 19 de março, foi prorrogado por esta nova data “ante o risco de expansão do novo coronavírus e em salvaguarda de funcionários, congressistas e palestrantes”.
Participação da ABREN
O presidente da ABREN irá apresentar o tema “A Recuperação Energética de Resíduos Sólidos na Geração Distribuída”, no final do primeiro dia do evento. O fórum reúne provedores de soluções, EPCs, integradores, distribuidores, fabricantes, profissionais e acadêmicos que tem em comum a atuação direta ou indireta na geração distribuída oriunda de fontes renováveis de energia.
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Geração Distribuída
Yuri explicou que, desde 2015, com a alteração da Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, diversas usinas com potência acima de 75 kW e menor ou igual a 5 MW, conectadas na rede de distribuição, por meio de instalações de unidades consumidoras, podem ser consideradas com parte do sistema de Geração Distribuída (GD). Este sistema permite fazer trocas energéticas com unidades consumidores sem nenhum tipo de tributação, encargo ou pagamento pelo transporte da energia (fio). O presidente da ABREN, que é advogado do setor de energia há mais de dez anos, ressalta no entanto que a maioria dos estados isenta o ICMS apenas até 1 MW.
Neste sistema de compensação (net meetering), o que mais tem sido utilizado é o sistema de autoconsumo remoto, que permite a um gerador locar ou arrendar sua usina para uma cooperativa ou consórcio de consumidores, que irão receber a energia da usina e pagar ao locador ou arrendatário pela energia consumida. Com uma série de contratos societários e negociais esse sistema é possível. Este modelo viabilizou muitos negócios de usinas solares, hidrelétricas (CGHs) e biomassa, abrindo também a oportunidade para que usinas de recuperação energética, como biodigestão anaeróbica (biogás), pirólise e gaseificação, até 5 MW de potência instalada, fazerem jus aos benefícios da GD.
O presidente da ABREN lembrou que a Geração Distribuída com Fontes Renováveis tem aumentado sua participação na matriz elétrica nacional de forma expressiva nos últimos 5 anos, e tem possibilidades de crescimento ainda mais acentuado daqui para frente. A energia proveniente de resíduos deve ser uma das fontes mais relevantes a partir de 2023. Além de ser uma fonte verdadeiramente limpa, detém fator de capacidade acima de 90%, o que dispensa o despacho termoelétrico necessário para complementação das fontes intermitentes, como eólica, solar e hídrica, nos momentos em que não há geração por ausência do de sol, vento ou água.
Usinas WTE
A ABREN entende que o modelo precisa ser revisto de maneira que possa contemplar os benefícios energéticos, elétricos e ambientais que as usinas WTE podem oferecer ao País. As URE têm muito a oferecer de maneira diferenciada de outras fontes. Especialmente pela redução em até oito vezes (8x) dos gases de Efeito Estufa e do risco de contaminação dos escassos recursos hídricos. Além disso, as próprias fontes renováveis intermitentes poderão ser beneficiadas, na medida em que as usinas WTE estarão gerando nos momentos em que as usinas que dependem do sol, vento ou água estarão inertes. A energia proveniente de resíduos será fator de complementariedade para conferir equilíbrio, estabilidade e confiabilidade ao sistema elétrico como um todo, explicou o presidente da ABREN.
O Fórum GD tem parceria e apoio de algumas das principais entidades do setor no Brasil. Seu objetivo é tratar dos interesses das empresas que atuam na Geração Distribuída com Fontes Renováveis, em 2020, com foco nos estados do (MG/SP/RJ/ES). Será uma oportunidade de reunião estratégica de empresários, para juntos debaterem e discutirem os melhores rumos para um setor ainda mais forte e competitivo nos próximos anos.