Uma nova fonte de energia começa a nascer no Brasil com o aproveitamento do lixo urbano para geração, através da queima de resíduos em usinas térmicas. Trata-se de um enorme potencial, considerando a geração de mais de 80 milhões de toneladas de resíduos por ano em aterros e lixões sem destinação adequada. O primeiro passo para transformar lixo em energia devem ser dados nos leilões de energia previstos para ocorrer em 16 de setembro deste ano.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) incluiu 19 projetos de resíduos sólidos urbanos (RSU) na disputa. A Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren) acredita que o setor tem condições de viabilizar pelo menos três novas unidades de recuperação energética, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
O Leilão A-5 e A-6 deve garantir o suprimento de energia em até cinco e seis anos – a partir de 2027 e 2028. A aposta da Abren é que as usinas URE Caju, no Rio de Janeiro, com 31 MW; a URE Mauá, em São Paulo, com 80 MW; e a URE Consimares, em Nova Odessa (SP), com 20 MW, poderão vencer o leilão. A potência total chegaria a 131 MW de potência.
Segundo a Abren, o preço da geração com lixo deve ser dmantido em R$ 639,00/MWh, como no Leilão A-5 de 2021 (atualizado pelo IPCA o valor é de R$ 684,00/MWh).
O presidente da associação, Yuri Schmitke, avalia que o segmento será competitivo para ocupar mais espaço na matriz elétrica nacional, além de destravar investimentos. Nos cálculos da entidade, a estimativa é que a energia do lixo chegue a 3% da demanda nacional. Apesar da limitação da fonte na matriz total, ele defende a importância do aproveitamento dos resíduos, considerando os benefícios socioambientais.
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