Inadimplência e liminares para questionar lei vão na contramão dos planos brasileiros para cumprir metas ambientais
Ricardo Mussa
Ricardo Mussa – Engenheiro de produção, é CEO na Raízen desde 2020 e lidera a força-tarefa de transição energética e clima do B20 Brasil
Pode parecer espantoso, mas seres humanos têm o hábito de retardarem seu próprio progresso.
É o que mostra o livro “Innovation and Its Enemies: Why People Resist New Technologies” (Inovação e seus inimigos: por que as pessoas resistem a novas tecnologias”, ainda sem tradução para o português), do queniano Calestous Juma (1953-2017).
Em seu livro, o então professor da Kennedy School, da Universidade de Harvard, aponta que nos últimos seis séculos sempre houve resistência a inovações, novas tecnologias ou regulações —da adoção do café como bebida diária à refrigeração mecânica, da música gravada (em vez dos concertos) ao uso de equipamentos agrícolas mecânicos.
A ideia de se opor à inovação mesmo quando ela parece promover o seu melhor interesse vem sendo percebida aqui no Brasil com os movimentos recentes que podem precipitar o desmonte da Lei 13.576/2017, a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio).
O RenovaBio é resultado de um longo e produtivo debate no Congresso Nacional, acelerado a partir do Acordo de Paris, onde o Brasil assumiu compromissos com metas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025, com uma contribuição indicativa subsequente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% até 2030, tendo como referência os níveis de 2005.
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