Picture of Equipe ABREN

Equipe ABREN

A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (GWC) e é associada da Associação Internacional de Resíduos Sólidos ou International Solid Waste Association (ISWA)

Ministro comemora vitória do governo na aprovação do Combustível do Futuro (Canal Energia)

Retirada da emenda da GD também foi destacada pela Anace. Abren destaca importância do projeto para os biocombustíveis

Sem mencionar a retirada da emenda que prorrogava os subsídios à geração distribuída, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comemorou a vitória da governo na aprovação do projeto de lei do Combustível do Futuro na Câmara dos Deputados. Silveira participou, no entanto, de uma intensa mobilização para suprimir a proposta do Senado, com negociações e apelos para o bom senso dos parlamentares.

O PL 528/2020 foi aprovado na noite desta quarta-feira, 11 de setembro, sem a prorrogação de 12 para 30 meses do prazo previsto no marco da GD (Lei 14.300) para acesso aos descontos no fio. A proposta beneficiaria empreendimentos de minigeração distribuída.

A emenda incluída de última hora no Senado foi bastante criticada, inclusive, por associações do setor elétrico, que divulgaram nota conjunta contrária à iniciativa. A Agência Nacional de Energia Elétrica calculou em R$ 24 bilhões o custo a ser pago pelos consumidores regulados até 2045, e o ministério usou o cálculo  em um nota técnica que recomendava a retirada da proposta pela Câmara.

Para o ministro, o MME “fez um grande gol a favor do Brasil” com um projeto que vai revolucionar a indústria da descarbonização a partir de biocombustíveis na mobilidade urbana, no combustível sustentável de aviação (SAF) para o setor aéreo. “Nós vamos exportar o SAF para o mundo inteiro através da quebra da molécula de etanol, através da eletrólise da hidrogênio verde para poder da aproveitar a energia eólica, energia solar, energia de biomassa.”

(…)

Fora da polêmica da GD, o presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos, Yuri Schmitke, preferiu destacar que o papel do PL na descarbonização por meio de biocombustíveis. Em especial o biometano, que deve reduzir as emissões de metano dos setores da agropecuária e de resíduos urbanos. Juntos, esses setores representam hoje 90% dessas emissões.

“Embora a adição de 1 a 10% seja tímida em face das catástrofes climáticas que vivenciamos atualmente, é o primeiro passo para um futuro mais renovável. Esperamos que em breve se discuta dobrar essa meta e buscar mais instrumentos econômicos para aumentar exponencialmente a produção de biometano no Brasil,” afirmou Schmitke.

O executivo destacou que o Brasil aproveita apenas 3% do potencial do biogás, e 92% desse potencial está nos resíduos da agropecuária. “Serão necessários mais instrumentos e uma regulamentação acertada para que este potencial seja destravado no País, e possamos trazer investimentos na ordem de 500 bilhões de reais nos próximos anos”.

Clique aqui para ler a reportagem original na íntegra.

Foto: Agência Câmara.

Compartilhe esta publicação!