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Equipe ABREN

A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and Technology Council (GWC) e é associada da Associação Internacional de Resíduos Sólidos ou International Solid Waste Association (ISWA)

Recuperação energética de resíduos no Brasil deve atrair R$ 12 bi até 2030 (BNAmericas)

O mercado de recuperação energética de resíduos no Brasil deve atrair até R$ 12 bilhões em investimentos até 2030, segundo Yuri Schmitke, presidente-executivo da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren).

O montante poderá ser ainda maior se o governo e o Congresso avançarem com medidas de estímulo ao setor. 

Nesta entrevista, Schmitke comenta as perspectivas para a recuperação energética no país, detalhando projetos e destacando os principais desafios para o desenvolvimento de negócios.

BNamericas: ⁠Quais as perspectivas para o setor de recuperação energética em 2025? Teremos alguma inauguração de planta? Quais os principais projetos em desenvolvimento no país, atualmente?

Schmitke: O Brasil está construindo sua primeira usina de recuperação energética de resíduos, a Usina de Recuperação Energética – URE Barueri, em São Paulo, com 20 MW de potência instalada e capacidade para tratamento de 875 t/dia de resíduo sólido urbano (RSU). Ela deve entrar em operação comercial final de 2026, com investimentos previstos de 600 a 800 milhões de reais. A usina já possui a venda da energia elétrica garantida, e as obras estão dentro do cronograma previsto, segundo nos foi informado.

A renovação do contrato de concessão do município de São Paulo, que gera 10.000 t/dia de RSU, também prevê duas usinas que deverão entrar em operação comercial até 2028, com capacidade de 30 MW de potência instalada cada uma, para tratamento de 1.000 t/d em cada caso. As concessionárias Loga e Ecourbis deverão investir R$ 3 bilhões de capex ao todo nestes projetos.

Além disso, temos mais cinco projetos em desenvolvimento, em Joinville (30 MW), Brasília (50 MW), URE Caju (30 MW) [no Rio de Janeiro], URE Baixada Santista (45 MW) [em São Paulo], e Consórcio Consimares (20 MW), na região metropolitana de Campinas, que, se conseguirem vender a energia elétrica no ano que vem, deverão trazer mais 7 a 8 bilhões de reais em investimentos até 2028-2030.

BNamericas: ⁠Quais as projeções de investimentos e crescimento do mercado?

Schmitke: Com a expectativa de investimentos de até R$ 11,8 bilhões até 2030, esperam-se investimentos aproximados de R$ 1,9 bilhão ao ano. Contudo, caso seja aprovado no ano que vem pelo Congresso o Programa Nacional da Recuperação Energética (PNRE), ou medidas semelhantes para contratação da energia elétrica de UREs – conforme as metas do Plano Nacional de Resíduos Sólidos – Planares (994 MW até 2040) –, espera-se que os investimentos possam dobrar a partir de 2026.

Clique aqui para conferir a reportagem original na íntegra.

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