As frações orgânicas em aterros sanitários representam uma fonte massiva e negligenciada de emissões de gases de efeito estufa — responsável por uma parcela alarmante das mudanças climáticas globais, segundo os padrões contábeis oficiais do IPCC (AR6).
Mas há um problema ainda maior: dados de satélites revelam que essas emissões estão sendo drasticamente subnotificadas em escala mundial. Os métodos atuais de contabilização de GEE são insuficientes e falham em capturar a real magnitude do problema.
Foi exatamente isso que o presidente da ABREN, Yuri Schmitke, levou diretamente à presidente da Assembleia Geral da ONU, Annalena Baerbock, na COP30, usando o Brasil como caso emblemático dessa lacuna crítica nos inventários globais.
A resposta foi estratégica e promissora: Baerbock reconheceu que esses desafios metodológicos precisam ser endereçados nos fóruns científicos do IPCC 📊, sinalizando que a questão chegou ao mais alto nível do debate climático internacional.
Este momento representa um marco importante: a ABREN conseguiu colocar na agenda da liderança global da ONU uma falha estrutural que compromete toda a arquitetura de metas climáticas.
A COP30 será decisiva. É a oportunidade de reunir ciência, governos e setor para finalmente corrigir essas distorções e garantir que as emissões de resíduos orgânicos sejam medidas, reportadas e mitigadas com a urgência necessária.
O trabalho continua — e esse foi um passo fundamental na direção certa. ✅

